A Revista The Economist publicou em seu blog um interessante exercício sobre quanto tempo levaria para a população de diversos países acabar por completo. O exercício é interessante porque vários países que já passaram pela transição demográfica (veja matéria da National Geographic que falou especificamente do caso de transição brasileiro) estão vivendo taxas de reposição menores do que 1. Ou seja, como aponta a nota curta do blog da revista, para Hong Kong, de cada 1000 mulheres, nascem 547 filhas, quase metade das mulheres. É uma taxa de reprodução líquida de apenas 0.547, o que é extremamente baixo.
Mantidas essas taxas, a população tende a diminuir e, caso sejam persistentes, até desaparecer. Falta muito tempo pra isso ocorrer. Em Hong Kong (que tem uma das taxas mais baixas) isso aconteceria lá para daqui a 1500 anos. No caso do Brasil, como temos uma grande população isso só correria daqui a 3 milênios.
Enfim, muito tempo para isso, uma outra hipótese é que as populações diminuam e que saldos migratórios compensem regiões que tem uma taxa de reposição alta para as que possuem baixa. Os próprios países podem adotar algo como um mecanismo de compensação quando começar a faltar um nível ótimo de pessoas. Enfim, o exercício não é motivo para alarme. É mais uma curiosidade.
PS.: O Desenho da cena cada vez mais rara nos dias de hoje é do blog da colega Fê Dupin.
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Nota curta: a Fundação João Pinheiro em parceria com a Universidade Autônoma de Barcelona está organizando Seminário de Pobreza, Desigualdade e Desempenho Educacional. Hoje tivemos mesas interessantes e até fiz uma reportagem curta para radio CBN-BH, foi bem rápida a matéria e fui pego meio que de surpresa. Mas em breve comento mais sobre esse evento.
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