Foi recentemente divulgado mais uma rodada do exame internacional que compara o desempenho de estudantes em leitura e matemática, o PISA - Programm for International Student Assessment. Os resultados do Brasil voltaram a melhorar depois de uma queda no triênio 2003-2006.
O estudo é organizado pela OCDE - Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, e conta com mais participantes além dos países membros. O Brasil já participa há quatro rodadas e a avaliação é realizada uma vez a cada três anos desde 2000. Foi um progresso muito importante para o Brasil ter solicitado sua participação, a lista de países participantes convidados só ampliou após os primeiros exames, começou com 43, teve uma pequena queda para 41 em 2003, e hoje conta com 65 países participantes. Atualmente o PISA é um tremendo sucesso, servindo para nortear tantos os estudos de pesquisa educacional, quanto as políticas públicas dos países.
Fonte: http://www.oecd.org/pages/0,3417,en_32252351_32236130_1_1_1_1_1,00.html
São avaliados alunos de 15 anos de idade (idade correspondente ao nosso início de ensino médio) e confrontados na pesquisa diversos fatores do desempenho educacional dos estudantes, através de um questionário. Além disso, é utilizada uma escala que permite a comparabilidade dos escores ao longo dos anos.
Um dos maiores desafios agora é como fazer uso dessas informações de modo a direcionar as políticas públicas de forma a manter uma evolução contínua dos ganhos escolares e do aprendizado. Para isso o Brasil conta também com suas próprias avaliações de proficiência como a prova do SAEB (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) e o sistemas estaduais (tal como o SIMAVE de Minas Gerais).
Sabemos que o ensino no Brasil é desigual e lento (difícil assimilação do conhecimento), esse fato é réplica das desigualdades existentes no país. O sumário executivo da OCDE de 2006 aponta que 46,6% da variância das notas é devida a diferença intra escola (ou seja entre alunos de uma mesma escola), 41,4% da variância é entre escolas, características de escolas diferentes, determinando diferença no resultado final. Os 12% restantes são da variância não explicadas pelo modelo.
Resultados do Exame de Leitura (média dos países)
| 1 | China (Xangai) * | 556 |
| 2 | Coreia | 539 |
| 3 | Finlândia | 536 |
| 4 | China (Hong Kong) ** | 533 |
| 5 | Cingapura | 526 |
| 6 | Canadá | 524 |
| 7 | Nova Zelândia | 521 |
| 8 | Japão | 520 |
| 9 | Austrália | 515 |
| 10 | Holanda | 508 |
| 11 | Bélgica | 506 |
| 12 | Noruega | 503 |
| 13 | Estônia | 501 |
| 14 | Suíça | 501 |
| 15 | Polônia | 500 |
| 16 | Islândia | 500 |
| 17 | Estados Unidos | 500 |
| 18 | Liechtenstein | 499 |
| 19 | Suécia | 497 |
| 20 | Alemanha | 497 |
| 21 | Irlanda | 496 |
| 22 | França | 496 |
| 23 | Taiwan | 495 |
| 24 | Dinamarca | 495 |
| 25 | Reino Unido | 494 |
| 26 | Hungria | 494 |
| 27 | Portugal | 489 |
| 28 | China (Macau)** | 487 |
| 29 | Itália | 486 |
| 30 | Letônia | 484 |
| 31 | Eslovênia | 483 |
| 32 | Grécia | 483 |
| 33 | Espanha | 481 |
| 34 | República Tcheca | 478 |
| 35 | Eslováquia | 477 |
| 36 | Croácia | 476 |
| 37 | Israel | 474 |
| 38 | Luxemburgo | 472 |
| 39 | Áustria | 470 |
| 40 | Lituânia | 468 |
| 41 | Turquia | 464 |
| 42 | Emirados Árabes Unidos | 459 |
| 43 | Rússia | 459 |
| 44 | Chile | 449 |
| 45 | Sérvia | 442 |
| 46 | Bulgária | 429 |
| 47 | Uruguai | 426 |
| 48 | México | 425 |
| 49 | Romênia | 424 |
| 50 | Tailândia | 421 |
| 51 | Trinidad e Tobago | 416 |
| 52 | Colômbia | 413 |
| 53 | Brasil | 412 |
| 54 | Montenegro | 408 |
| 55 | Jordânia | 405 |
| 56 | Tunísia | 404 |
| 57 | Indonésia | 402 |
| 58 | Argentina | 398 |
| 59 | Casaquistão | 390 |
| 60 | Albânia | 385 |
| 61 | Qatar | 372 |
| 62 | Panamá | 371 |
| 63 | Peru | 370 |
| 64 | Azerbaijão | 362 |
| 65 | Quirguistão | 314 |
*Municipalidade autônoma
**Regiões administrativas especiais
Fonte: http://www.oecd.org/dataoecd/34/60/46619703.pdf
**Regiões administrativas especiais
Fonte: http://www.oecd.org/dataoecd/34/60/46619703.pdf
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