Saiu o mais novo índice Big Mac da revista 'The Economist'. É claro que o índice por conter apenas um produto é uma tremenda simplificação. Há muitas críticas ao que o índice Bic-Mac nos revela.
No entanto, sou um dos economistas favoráveis ao índice, pois ele, com apenas um produto, simplifica enormemente as relações cambiais entre países e pode demonstrar valorizações reais das cotações por todo o mundo.
O Big-Mac é teoricamente o mesmo entre países (isso não é absoluta verdade) e é um bem não-transacionável, ou seja, não se exporta Big-mac's. Para vender hamburguers na China o Ronald McDonald precisa abrir uma loja lá e contratar mão de obra local, fazer pão, alface, hambúrguers de acordo com os padrões locais e tecnologia vigente naquele país, e tentar ao máximo se aproximar do padrão McDonald's.
A teoria por trás diz que bens transacionáveis devem custar o mesmo, pois senão, compensaria trazer Big Mac's da China (onde é mais barato) para o Brasil (onde é mais caro) e assim lucrar com a transação. Mas ao olhar o sanduíche logo vemos a inviabilidade do transporte necessário para fazer valer a paridade dos preços para um bem tão barato.
Então, o que na verdade o Indice Big Mac nos mostra é o custo de se produzir aquele hamburguer no país e como o câmbio do país se comporta em relação ao dólar. A teoria da Purshasing Power Parity (Paridade do Poder de Compra) exigiria que o câmbio regulasse essas diferenças.* Se pensarmos o big-mac como uma mini-cesta de bens entendemos porque. Vemos que o Real está muito valorizado, transposto para o Dólar nosso Big Mac custa mais caro do que o Big-Mac Norte americano, que está por volta de 3,46 e 3,65 dólares. O normal é que países de terceiro mundo tenham preços mais baratos como nos mostra Tailândia, China, Hong Kong, mas no caso deles, trata-se também de uma manutenção agressiva de cambio desvalorizado.
No entanto, sou um dos economistas favoráveis ao índice, pois ele, com apenas um produto, simplifica enormemente as relações cambiais entre países e pode demonstrar valorizações reais das cotações por todo o mundo.
O Big-Mac é teoricamente o mesmo entre países (isso não é absoluta verdade) e é um bem não-transacionável, ou seja, não se exporta Big-mac's. Para vender hamburguers na China o Ronald McDonald precisa abrir uma loja lá e contratar mão de obra local, fazer pão, alface, hambúrguers de acordo com os padrões locais e tecnologia vigente naquele país, e tentar ao máximo se aproximar do padrão McDonald's.
A teoria por trás diz que bens transacionáveis devem custar o mesmo, pois senão, compensaria trazer Big Mac's da China (onde é mais barato) para o Brasil (onde é mais caro) e assim lucrar com a transação. Mas ao olhar o sanduíche logo vemos a inviabilidade do transporte necessário para fazer valer a paridade dos preços para um bem tão barato.
Então, o que na verdade o Indice Big Mac nos mostra é o custo de se produzir aquele hamburguer no país e como o câmbio do país se comporta em relação ao dólar. A teoria da Purshasing Power Parity (Paridade do Poder de Compra) exigiria que o câmbio regulasse essas diferenças.* Se pensarmos o big-mac como uma mini-cesta de bens entendemos porque. Vemos que o Real está muito valorizado, transposto para o Dólar nosso Big Mac custa mais caro do que o Big-Mac Norte americano, que está por volta de 3,46 e 3,65 dólares. O normal é que países de terceiro mundo tenham preços mais baratos como nos mostra Tailândia, China, Hong Kong, mas no caso deles, trata-se também de uma manutenção agressiva de cambio desvalorizado.
http://www.economist.com/
Um comentarista do post acima lembrou que o Big-mac não funciona bem na Índia, pois lá não se come carne, Big-Mac lá é caro pois é só para turista mesmo. Uma solução para aquele país é adotar um sanduíche vegetariano que eles possuem. Vemos então que preferências alteram muito esse índice pois trata-se de apenas um bem. Mas qualquer cesta de bens ocidental seria muito diferente da Indiana.
Já o indice Ipod é diferente, o ipod é um bem transacionável, não é produzido em todos os paises mas comercializado em quase todos eles. Esse é um produto que deveria custar O MESMO em todos os países, com uma pequena diferença de custos de transporte.
Ele mostra coisas um pouco mais diferentes do que o Big-Mac. O Brasil possui um dos mais caros ipods do mundo. Mas isso não é um índice bobo, mostra como no Brasil os impostos sobre importação e os demais impostos oneram excessivamente produtos com custos tecnológicos, que deveriam sim, chegar os mais pobres, talvez não o ipod mas outros produtos com tecnologia: celulares, computadores etc..
Outra coisa que o Ipod-index mostra é a desigualde de renda no Brasil. O ipod pode parecer um índice elitista, como comentou-me uma amiga certa vez, mas isso não o torna inútil para a população Brasileira. Acredito que por causa da concentração de renda ele é um produto caro no Brasil, é quase um artefato de ostentação, mas ele mostra muito mais do que simplesmente o preço caro de um bem supérfluo, ele mostra que no Brasil ele pode ser caro pois poucos ganham muito, limitando a competição para esse produto. Mostra também quão equivocada é um política protecionista.
http://www.smh.com.au/news/technology/ipod-index-trumps-the-bigmac-one/2007/01/18/1169095897045.html
(Esse artigo Australiano argumenta que o indice ipod é melhor que o Big-Mac, mas é uma análise bem fraquinha, pois de fato o Big-mac é melhor, trás mais informações, justamente por ser produzido em cada país, possui informação sobre mão-de-obra em cada país por exemplo).
O ipod é mais Barato nos Eua onde ele surgiu e é produzido em larga escala, e onde o perfil da população o adotou.
Espero que eu tenha explicado um pouco :-)
Abraços!
Já o indice Ipod é diferente, o ipod é um bem transacionável, não é produzido em todos os paises mas comercializado em quase todos eles. Esse é um produto que deveria custar O MESMO em todos os países, com uma pequena diferença de custos de transporte.
Ele mostra coisas um pouco mais diferentes do que o Big-Mac. O Brasil possui um dos mais caros ipods do mundo. Mas isso não é um índice bobo, mostra como no Brasil os impostos sobre importação e os demais impostos oneram excessivamente produtos com custos tecnológicos, que deveriam sim, chegar os mais pobres, talvez não o ipod mas outros produtos com tecnologia: celulares, computadores etc..
Outra coisa que o Ipod-index mostra é a desigualde de renda no Brasil. O ipod pode parecer um índice elitista, como comentou-me uma amiga certa vez, mas isso não o torna inútil para a população Brasileira. Acredito que por causa da concentração de renda ele é um produto caro no Brasil, é quase um artefato de ostentação, mas ele mostra muito mais do que simplesmente o preço caro de um bem supérfluo, ele mostra que no Brasil ele pode ser caro pois poucos ganham muito, limitando a competição para esse produto. Mostra também quão equivocada é um política protecionista.
http://www.smh.com.au/news/
(Esse artigo Australiano argumenta que o indice ipod é melhor que o Big-Mac, mas é uma análise bem fraquinha, pois de fato o Big-mac é melhor, trás mais informações, justamente por ser produzido em cada país, possui informação sobre mão-de-obra em cada país por exemplo).
O ipod é mais Barato nos Eua onde ele surgiu e é produzido em larga escala, e onde o perfil da população o adotou.
Espero que eu tenha explicado um pouco :-)
Abraços!
* Há ainda a Teoria TNT (Tradable-non Tradable) ainda mais adequada para se evidenciar o que o índice Big Mac Significa.
** Outra crítica que se pode realizar é que a competição de outras cadeias de fast-food influenciam o preço do Big-Mac. Se nos Eua há muita concorrência com Burguers King, Wendy's etc o preço lá deve ser mais baixo em países onde não há tanta concorrência para quem quer comer habuérguers. A defesa para o Big-Mac pode ser a de que em quase todos os países o mercado de servir refeições é bastante concorrencial. Se considererarmos apenas fast foods o Brasil tem vários casos de sucesso de cadeias locais e "importadas": Bob's, Habbib's, Giraffas, Subways, Eddie's, Marvin, etc, ...
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