As tão famosas sweetshops da China começam a cobrar o seu preço. Sweetshop é o termo empregado para produtos fabricados por mão de obra barata em países que possuem abundância na oferta de trabalho de menor qualificação. São tênis, camisetas, componentes eletrônicos, brinquedos, até carros. Uma série de produtos que levam a marca de grande multinacionais, mas que porém são produzidos por fábricas terceirizadas.
Alguns argumentam a existência dessa exploração da mão de obra como um argumento contra ao livre comércio. Algo que diz mais ou menos o seguinte: "Ok, estou pagando barato pelos produtos que compro, mas as custas de um pequeno Chinês que está sendo explorado".
Causa muita pena mesmo saber que crianças trabalham em condições desumanas na China e aqui mesmo em nosso país. Mas não é o comércio que insere desrespeitos aos direitos humanos. É errôneo colocar a produção de serviços e bens que nos são úteis contra o estado de direitos de alguns países.
Você pode se sentir culpado comprando algo que foi feito nessas condições, mas o quadro seria pior se não houvesse essas oportunidades de trabalho nos países menos avançados, os direitos humanos continuariam a não ser respeitados do mesmo modo. Com a diferença que grande parte da mão de obra não estaria empregada, ou estaria empregada em setores que agregam menos valor, mas ainda sim oferecem jornada de trabalho semelhante.
O que podemos fazer é pressionar a opinião pública daquele país e esperar que os cidadãos de lá se movam por si mesmos, não podemos fazer muito daqui de fora. Há muito tempo os economistas batem na tecla que a produção em países subdesenvolvidos manufaturadores é positiva e o salário passará a ser cada vez mais valorizado o que é bom para todos. Com consciência cidadã e estabelecimento de direitos o número de horas trabalhadas e as pessoas nesses países teriam cada vez mais horas de lazer e condições mais adequadas de trabalho. Há tempos dizemos isso, mas as transformações são lentas e parecem não conformar alguns. Isso porque muitos desses países são coordenados por regimes autoritários.
Pois bem, surgem os primeiros sinais de mudança. Semana passada foi notícia no mundo inteiro a greve de trabalhadores da Honda em Foshan na China. Não se tem muitas notícias de greve na China, isso se deve a vários motivos. Um motivo importante é a repressão semi-secular contra manifestações públicas. Isso leva a outra forma de protesto muito peculiar e triste: o suicídio coletivo. Chamou atenção a ação de protesto-suicídio de 10 funcionários da foxconn (subsidiária da Apple). É uma solução em um país onde é proibida a formação de sindicatos.
E um primeiro sinal para a mudança. A predição dos modelos de teoria econômica (que podem ser refinados ao gosto do freguês) nos diz que o desenvolvimento acarretará maior remuneração do fator trabalho, ou seja, maior renda percapita, melhor nível de consumo e melhores condições de trabalho. Poderiamos abrir para questões de participações democráticas e respeito as liberdades individuais e direitos humanos, isso porém é extrapolar um pouco do que podem nos dizer os modelos. Mas também há como afirmar que com esse desenvolvimento advém um crescimento econômico menos acelerado, uma valorização maior da moeda, menores taxas de juros (nessa relação de longo prazo juros e câmbio caminham juntos) e maiores importações (O saldo BP pode ser mantido equilibrado, porém sua conta é bem maior e representativa do PIB, embora isso dependa muito do tamanho do Mercado Interno também). Enfim, essas mudanças são lentas e não ocorrem sem reformas institucionais, mas quem tem que exigí-las é a própria população.
Alguns argumentam a existência dessa exploração da mão de obra como um argumento contra ao livre comércio. Algo que diz mais ou menos o seguinte: "Ok, estou pagando barato pelos produtos que compro, mas as custas de um pequeno Chinês que está sendo explorado".
Causa muita pena mesmo saber que crianças trabalham em condições desumanas na China e aqui mesmo em nosso país. Mas não é o comércio que insere desrespeitos aos direitos humanos. É errôneo colocar a produção de serviços e bens que nos são úteis contra o estado de direitos de alguns países.
Você pode se sentir culpado comprando algo que foi feito nessas condições, mas o quadro seria pior se não houvesse essas oportunidades de trabalho nos países menos avançados, os direitos humanos continuariam a não ser respeitados do mesmo modo. Com a diferença que grande parte da mão de obra não estaria empregada, ou estaria empregada em setores que agregam menos valor, mas ainda sim oferecem jornada de trabalho semelhante.
O que podemos fazer é pressionar a opinião pública daquele país e esperar que os cidadãos de lá se movam por si mesmos, não podemos fazer muito daqui de fora. Há muito tempo os economistas batem na tecla que a produção em países subdesenvolvidos manufaturadores é positiva e o salário passará a ser cada vez mais valorizado o que é bom para todos. Com consciência cidadã e estabelecimento de direitos o número de horas trabalhadas e as pessoas nesses países teriam cada vez mais horas de lazer e condições mais adequadas de trabalho. Há tempos dizemos isso, mas as transformações são lentas e parecem não conformar alguns. Isso porque muitos desses países são coordenados por regimes autoritários.
Pois bem, surgem os primeiros sinais de mudança. Semana passada foi notícia no mundo inteiro a greve de trabalhadores da Honda em Foshan na China. Não se tem muitas notícias de greve na China, isso se deve a vários motivos. Um motivo importante é a repressão semi-secular contra manifestações públicas. Isso leva a outra forma de protesto muito peculiar e triste: o suicídio coletivo. Chamou atenção a ação de protesto-suicídio de 10 funcionários da foxconn (subsidiária da Apple). É uma solução em um país onde é proibida a formação de sindicatos.
E um primeiro sinal para a mudança. A predição dos modelos de teoria econômica (que podem ser refinados ao gosto do freguês) nos diz que o desenvolvimento acarretará maior remuneração do fator trabalho, ou seja, maior renda percapita, melhor nível de consumo e melhores condições de trabalho. Poderiamos abrir para questões de participações democráticas e respeito as liberdades individuais e direitos humanos, isso porém é extrapolar um pouco do que podem nos dizer os modelos. Mas também há como afirmar que com esse desenvolvimento advém um crescimento econômico menos acelerado, uma valorização maior da moeda, menores taxas de juros (nessa relação de longo prazo juros e câmbio caminham juntos) e maiores importações (O saldo BP pode ser mantido equilibrado, porém sua conta é bem maior e representativa do PIB, embora isso dependa muito do tamanho do Mercado Interno também). Enfim, essas mudanças são lentas e não ocorrem sem reformas institucionais, mas quem tem que exigí-las é a própria população.
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